sábado, 8 de novembro de 2008

Factores Abióticos

Existem elementos componentes do ambiente físico e químico que agem sobre quase todos os aspectos da vida dos diferentes organismos, constituindo os factores abióticos. Estes influenciam o crescimento, actividade e as características que os seres apresentam, assim como a sua distribuição por diferentes locais.
Estes factores variam de valor de local para local, determinando uma grande diversidade de ambientes.
Os diferentes factores abióticos podem agrupar-se em dois tipos principais - os factores climáticos, como a luz, a temperatura e a humidade, que caracterizam o clima de uma região - e os factores edáficos, como por exemplo a estrutura do solo.

Luz



A luz é uma manifestação de energia, cuja principal fonte é o Sol. É indispensável ao desenvolvimento das plantas. De facto, os vegetais produzem a matéria de que o seu organismo é formado através de um processo - a fotossíntese - realizado a partir da captação da energia luminosa.
Praticamente todos os animais necessitam de luz para sobreviver. São excepção algumas espécies que vivem em cavernas - espécies cavernícolos - e as espécies que vivem no meio aquático a grande profundidade - espécies abissais.
Certos animais como, por exemplo, as borboletas necessitam de elevada intensidade luminosa, pelo que são designadas por espécies lucífilas. Por oposição, seres como o caracol e a minhoca não necessitam de muita luz, evitando-a, pelo que são denominadas espécies lucífugas.
A luz influencia o comportamento e a distribuição dos seres vivos e, também, as suas características morfológicas:

  1. - Os animais apresentam fototactismo, ou seja, sensibilidade em relação à luz, pelo que se orientam para ela ou se afastam dela.
  2. - Tal como os animais, as plantas também se orientam em relação à luz, ou seja, apresentam fototropismo.
  3. - Os animais e as plantas apresentam fotoperiodismo, isto é, capacidade de reagir à duração da luminosidade diária a que estão submetidos.

Temperatura



Cada espécie só consegue sobreviver entre certos limites de temperatura, o que confere a este factor uma grande importância.
Cada ser sobrevive entre certos limites de temperatura - amplitude térmica de existência -, não existindo acima de um determinado valor - temperatura máxima - nem abaixo de outro - temperatura mínima. Cada espécie possui uma temperatura óptima para a realização das suas actividades vitais.
Alguns seres têm grande amplitude térmica de existência - seres euritérmicos - enquanto outros só sobrevivem entre limites estreitos de temperatura - seres estenotérmicos.
Alguns animais, nas épocas do ano em que as temperaturas se afastam do valor óptimo para o desenvolvimento das suas actividades, adquirem comportamentos que lhos permitem sobreviver: hibernação, estivação e migração.

Hibernação

A hibernação é um estado letárgico pelo quais muitos animais endotérmicos, em grande maioria de pequeno porte, passam durante o inverno, principalmente em regiões temperadas e árcticas. Os animais mergulham num estado de sonolência e inactividade, em que as funções vitais do organismo são reduzidas ao absolutamente necessário à sobrevivência.
A respiração quase cessa, o número de batimentos cardíacos diminui - o metabolismo.

Estivação


Normalmente este fenómeno ocorre em regiões onde existe um inverno rigoroso e escassez de comida, mas existem algumas espécies que dormem na estação quente e seca, porque para elas as maiores ameaças são a alta temperatura e a falta de água. Este caso é conhecido como estivação. Muitos caracóis passam por este estado durante as estações quentes e secas, durante as quais há pouco alimento e a humidade é escassa.


Migração

Uma migração ocorre quando uma população de seres vivos se move de um biótopo para outro, normalmente em busca de melhores condições de vida, seja em termos de alimentação, de temperatura, de trabalho (nos seres humanos), ou para fugirem a inimigos que se instalaram no seu biótopo.
As migrações podem ser temporárias, quando a população regressa ao seu biótopo de origem, ou permanentes, quando a população se instala indefinidamente no novo biótopo.


Humidade e Pluviosidade

A água é essencial à vida; sem ela, a Terra não seria povoada. Todos os seres vivos são constituídos por uma grande percentagem de água (cerca de 60% no caso do Homem). Garantir a quantidade de água necessária ao organismo é uma actividade essencial de todos os seres vivos.
No ambiente terrestre, a água actua principalmente sob a forma de vapor - humidade atmosférica - que, ao condensar-se na atmosfera, pode originar pluviosidade ou outras precipitações, como neve ou granizo.

Características da Humidade

As plantas que vivem em locais secos apresentam adaptações no sentido de obter e armazenar água. Igualmente, os animais que vivem nestes locais apresentam a pele impermeável, para diminuir as perdas de água por evaporação.
Os seres que acabámos de referir habitam em locais onde a água escasseia, sendo designados por seres xerófilos.
Os seres que precisam de estar em constante contacto com água são denominado seres hidrófilos ou aquáticos. Em oposição aos seres xerófilos, existem outros com adaptações a ambientes extremamente húmidos - seres higrófilos. Outros, ainda, preferem ambientes medianamente húmidos sendo denominados seres mesófilos.

O Solo



O solo é uma camada superficial da crosta terrestre, formada a partir dos detritos originados, por um lado, pela alteração das rochas e, por outro, pela decomposição dos seres vivos.
Estes últimos apresentam espaços entre as partículas - poros - que podem estar preenchidos com água e ar. Podem, portanto, apresentar diferente porosidade, consoante o número e tamanho dos poros, tendo em função disso diferente capacidade de reter água e ar.
Os solos podem ter uma estrutura mais ou menos porosa e serem mais ou menos permeáveis, pelo que podem reter uma quantidade variável de água e gases.
A estrutura do solo influencia, principalmente, a distribuição dos seres vivos.

1 comentário:

Anónimo disse...

obrigada ajudaste-me no teste que tenho amanhã de ciências...


obrigada mesmo